O primeiro museu árabe sobre o Holocausto
Numa altura em que as palavras de Mahmoud Ahmadinejad, presidente iraniano, pondo em causa a própria existência tanto do estado israelita como do Holocausto, causam enorme consternação no mundo “civilizado”, levando até a um discurso de Kofi Annan no sentido de que será como que desumano pôr em causa a existência de tal tragédia, ganha expressão esta tentativa de apaziguamento de tensões entre árabes e palestinos. Que não tem, como se vê, grande sucesso.
Repare-se na legenda da fotografia que acompanha a notícia da BBC News para se ver como a luta pelo apuramento do que efectivamente se passou durante a II Guerra Mundial tem ainda um longo caminho a percorrer, cada vez mais espinhoso à medida que se constata a ineficácia ao nível da opinião pública de cada vez maiores restrições à simples investigação histórica.
Note-se que, pese as reservas aqui deixadas, aplaudimos os esforços sinceros tanto de palestinos como de israelitas tendentes à convivência o mais sã possível entre ambos, de que um dos mais simbólicos é a orquestra, fundada pelo judeu de origem argentina e grande maestro e pianista Daniel Baremboïm, orquestra essa composta por jovens músicos dos dois povos.