Um aristocrata do desespero
«Je ne suis pas du passé, je suis de la vie.»
Natural de Paris. Ferido três vezes na guerra de 14. Influenciado por Nietzsche e amante da literatura inglesa. Esteticamente decadente. Andou pelo surrealismo mas em breve se incompatibilizou com a clique de Breton. Adere ao PPF de Doriot, descobre-se fascista e acredita na Europa nova. Dirige a NRF. Esconde-se após a Libertação de Paris. Mergulha nas leituras místicas hindus. A ideia do suicídio, que sempre o perseguiu desde tenra idade, materializa-se aos 52 anos de vida. Chamava-se Pierre Drieu la Rochelle e nasceu há 103 anos.
A sua obra é cada vez mais valorizada mesmo por quem não sente afinidades com as suas ideias. Mérito também de Louis Malle, que realizou em 1963, “Le Feu Follet”, adaptação de umas das obras mais pessoais de Drieu (a par de “Récit Secret” e do “Journal”), com um fantástico Maurice Ronnet. A FNAC em Portugal nem uma obra sua tem para amostra. Uma vitória da democracia.
Natural de Paris. Ferido três vezes na guerra de 14. Influenciado por Nietzsche e amante da literatura inglesa. Esteticamente decadente. Andou pelo surrealismo mas em breve se incompatibilizou com a clique de Breton. Adere ao PPF de Doriot, descobre-se fascista e acredita na Europa nova. Dirige a NRF. Esconde-se após a Libertação de Paris. Mergulha nas leituras místicas hindus. A ideia do suicídio, que sempre o perseguiu desde tenra idade, materializa-se aos 52 anos de vida. Chamava-se Pierre Drieu la Rochelle e nasceu há 103 anos.
A sua obra é cada vez mais valorizada mesmo por quem não sente afinidades com as suas ideias. Mérito também de Louis Malle, que realizou em 1963, “Le Feu Follet”, adaptação de umas das obras mais pessoais de Drieu (a par de “Récit Secret” e do “Journal”), com um fantástico Maurice Ronnet. A FNAC em Portugal nem uma obra sua tem para amostra. Uma vitória da democracia.
7 Comments:
Muito bem recordado, com um belo texto.
Pierre Drieu la Rochelle - Presente!
Assinala-se também hoje o nascimento de J. R. R. Tolkien.
Um dos maiores entre os grandes e com marcada influência no meu pensamento. Que a FNAC nada tenha dele parece-me, no mundo em que vivemos, justo elogio da sua obra.
Pena é que, actualmente, muitos dos que andam pela net a brincar à política nada mais conheçam que os simplismos do mundo anglo-saxónico, para essa gente esquerda e direita não são mais que a oposição entre socialismo e liberalismo, comédia trágica, mas enfim, certos autores serão areia a mais para certas camionetas...
Grandíssimo. Tu e o Rodrigo já disseram tudo.
Mas nem o Gilles na tradução portuguesa? Arre!
O «Fogo Fátuo», que conheci e amei, antes de ler no original e de o ver no cinema, em traduçao brasileira com alguns problemas, pelos 16 anos, faz parte da tal mesinha de cabeceira. Honra ao Lembrado e a Quem o lembrou.
Justíssima homenagem do FG ao enorme Drieu!
Quanto ao produto propriamente dito, deixem-.se dessa coisa da FNAC, meus caros, as drogas nunca fizeram bem a ninguém! Visitem, os meus amigos a Bertrand da Av. Roma e lá está, pelo menos, o magistral "Gilles".
Amigo FG, visite e divulgue a minha nova iniciativa!
Emprego no Alentejo em http://empregoalentejo.blogspot.com/
Saudações!
Obrigado ao FGSantos por esta homenagem mais que merecida. Pierre Drieu la Rochelle é um dos autores que muito me marcou e ainda marca.
Ao ler estes comentários recordei-me de um livro do Drieu que tenho na minha biblioteca, «L'homme à cheval», por este me ter sido oferecido pelo Paulo Cunha Porto.
Lembras-te Paulo?
Bons tempos de Bairro Alto, tertúlia e alfarrábios. Que saudades!
Boa lembranca, a medida que nos afastamos do sec. XX mais a obra de Direu, e o icone de Gilles, se vao tornando sintomaticos (se se fala do "estupido sec. XIX", o que se dira do sec. XX? O seculo dos "terroristas crisostomos"?).
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