Novo Horizonte
(Dedicado ao Viriato.)
NOVO HORIZONTE
«Os ensinamentos que a frente nacionalista nos tem facultado, a experiência que temos vindo a adquirir na batalha das ideias, levaram-nos a considerar indispensável para alcançar os nossos objectivos políticos e sociais, promover imediatamente uma total reconversão da nossa táctica, uma reorganização mais centralizada das nossas actividades, com vista à unificação numa Vanguarda de Combate de todos os jovens que militam isoladamente pelos ideais do Império e da Revolução.
Na realidade, nós somos muitos; o que acontece é que não temos consciência da nossa importância numérica pelo simples facto de não actuarmos em ligação uns com os outros, enquadrados num único movimento, estruturando de modo a permitir a rápida mobilização e acção conjugada dos jovens nacionalistas que presentemente combatem obscura e isoladamente.
A dispersão das nossas forças é um factor de desagregação muito prejudicial para a continuidade da Revolução de que somos herdeiros e militantes.
Se queremos efectivamente impor os nossos Ideais, integrar toda a Nação no espírito revolucionário que anima o nosso nacionalismo, aniquilar definitivamente os elementos corrosivos que ameaçam o Estado, temos logicamente de iniciar esta pesada tarefa de saneamento político agrupando numa frente única todos os jovens nacionalistas, todos os camaradas que perfilham os nossos princípios, pondo de parte as querelas de grupos e de pessoas, sacrificando generosamente à causa que defendemos tudo quanto possa desunir-nos.
Não podemos admitir transigências ideológicas nem consentimos, sob o pretexto da «unidade», cedências quanto à doutrina política. Mas, em contrapartida, pensamos que a unidade de pensamento, considerada fundamental, deve traduzir-se, no campo da acção política, por uma camaradagem cada vez mais forte e profunda a que devem ser sacrificadas sem reservas as inimizades pessoais, as rivalidades de capelas que dificultam a marcha da Revolução.
Um novo horizonte depara à nossa frente, o combate que agora iniciamos, na sequência das lutas ideológicas que já enfrentamos, pressupõe um estudo doutrinal mais profundo, para debater serenamente as teorias políticas e sociais com vista à elaboração de uma nova Ideologia, revolucionária pelas suas manifestações, mas inspirada nos princípios fundamentais da nossa tradição nacional.
Temos, pois, de pensar o que os nossos precursores defenderam instintivamente, de criar princípios orientadores da nova política portuguesa. É uma tarefa muito vasta que consiste na discussão de todas as ideias políticas, na crítica de todos os programas doutrinários, que encontre soluções para os grandes problemas contemporâneos.
Cumpre-nos levar a cabo esta missão, com serenidade e entusiasmo, na certeza de que a nossa juventude constitui uma garantia de pureza e de lealdade.
Que a Divina Providência ampare os nossos esforços e proteja a nossa ofensiva juvenil em prol do Maior Portugal!»
Luís Fernandes
In "Agora", n.º 332, 25 de Setembro de 1967.
NOVO HORIZONTE
«Os ensinamentos que a frente nacionalista nos tem facultado, a experiência que temos vindo a adquirir na batalha das ideias, levaram-nos a considerar indispensável para alcançar os nossos objectivos políticos e sociais, promover imediatamente uma total reconversão da nossa táctica, uma reorganização mais centralizada das nossas actividades, com vista à unificação numa Vanguarda de Combate de todos os jovens que militam isoladamente pelos ideais do Império e da Revolução.
Na realidade, nós somos muitos; o que acontece é que não temos consciência da nossa importância numérica pelo simples facto de não actuarmos em ligação uns com os outros, enquadrados num único movimento, estruturando de modo a permitir a rápida mobilização e acção conjugada dos jovens nacionalistas que presentemente combatem obscura e isoladamente.
A dispersão das nossas forças é um factor de desagregação muito prejudicial para a continuidade da Revolução de que somos herdeiros e militantes.
Se queremos efectivamente impor os nossos Ideais, integrar toda a Nação no espírito revolucionário que anima o nosso nacionalismo, aniquilar definitivamente os elementos corrosivos que ameaçam o Estado, temos logicamente de iniciar esta pesada tarefa de saneamento político agrupando numa frente única todos os jovens nacionalistas, todos os camaradas que perfilham os nossos princípios, pondo de parte as querelas de grupos e de pessoas, sacrificando generosamente à causa que defendemos tudo quanto possa desunir-nos.
Não podemos admitir transigências ideológicas nem consentimos, sob o pretexto da «unidade», cedências quanto à doutrina política. Mas, em contrapartida, pensamos que a unidade de pensamento, considerada fundamental, deve traduzir-se, no campo da acção política, por uma camaradagem cada vez mais forte e profunda a que devem ser sacrificadas sem reservas as inimizades pessoais, as rivalidades de capelas que dificultam a marcha da Revolução.
Um novo horizonte depara à nossa frente, o combate que agora iniciamos, na sequência das lutas ideológicas que já enfrentamos, pressupõe um estudo doutrinal mais profundo, para debater serenamente as teorias políticas e sociais com vista à elaboração de uma nova Ideologia, revolucionária pelas suas manifestações, mas inspirada nos princípios fundamentais da nossa tradição nacional.
Temos, pois, de pensar o que os nossos precursores defenderam instintivamente, de criar princípios orientadores da nova política portuguesa. É uma tarefa muito vasta que consiste na discussão de todas as ideias políticas, na crítica de todos os programas doutrinários, que encontre soluções para os grandes problemas contemporâneos.
Cumpre-nos levar a cabo esta missão, com serenidade e entusiasmo, na certeza de que a nossa juventude constitui uma garantia de pureza e de lealdade.
Que a Divina Providência ampare os nossos esforços e proteja a nossa ofensiva juvenil em prol do Maior Portugal!»
Luís Fernandes
In "Agora", n.º 332, 25 de Setembro de 1967.
1 Comments:
«Na realidade, nós somos muitos»
Infelizmente, ontem como hoje, a realidade é que somos poucos.
NC
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