Terrorismo e liberdade de expressão
Nick Griffin, líder do BNP, e Mark Colett, do mesmo partido, estão a responder em tribunal pelo crime de “race hate“, ou seja, crime de ódio racial. Isto porque ambos terão proferido, num comício, palavras susceptíveis de ofender minorias étnicas residentes no Reino Unido.
Este é mais um dos muuitos exemplos que a actualidade nos oferece de tentativas por parte do sistema político e/ou judicial de calar vozes que clamam contra a imigração desregrada e todos os problemas sociais que ela acarreta.
Um desses problemas é, sem dúvida, a presença de imigrantes em solo europeu potencial ou efectivamente promotores do terrorismo. Mas vá lá fazer-se a associação entre uma coisa e outra, é tribunal pela certa.
O que é certo é que o problema do terrorismo existe e Tony Blair, numa ofensiva que inclui a proposta de implementação de bilhetes de identidade, tentou passar um projecto de repressão de sites na internet que promovam o terrorismo. Em mais uma magnífica expressão de independência de voto (compara-se com o “carneirismo”, vulgo disciplina de voto, vigente entre os nossos parlamentares) a Câmara dos Lordes limitou a amplitude da lei, como se pode comprovar aqui. Já se sabe que quando se inicia uma vaga repressora, alegadamente com muito boas intenções, é difícil parar (o objectivo muitas vezes é precisamente não parar), algo a que os britânicos são particularmente sensíveis. Um exemplo: se, o que todos desejamos não suceda, ocorrer um crime contra um imigrante, é fácil pegar num discurso ou parte dele por parte de um membro do BNP e acusar este de... promoção do terrorismo e, em última análise, de responsabilidade moral pelo crime.
Este é mais um dos muuitos exemplos que a actualidade nos oferece de tentativas por parte do sistema político e/ou judicial de calar vozes que clamam contra a imigração desregrada e todos os problemas sociais que ela acarreta.
Um desses problemas é, sem dúvida, a presença de imigrantes em solo europeu potencial ou efectivamente promotores do terrorismo. Mas vá lá fazer-se a associação entre uma coisa e outra, é tribunal pela certa.
O que é certo é que o problema do terrorismo existe e Tony Blair, numa ofensiva que inclui a proposta de implementação de bilhetes de identidade, tentou passar um projecto de repressão de sites na internet que promovam o terrorismo. Em mais uma magnífica expressão de independência de voto (compara-se com o “carneirismo”, vulgo disciplina de voto, vigente entre os nossos parlamentares) a Câmara dos Lordes limitou a amplitude da lei, como se pode comprovar aqui. Já se sabe que quando se inicia uma vaga repressora, alegadamente com muito boas intenções, é difícil parar (o objectivo muitas vezes é precisamente não parar), algo a que os britânicos são particularmente sensíveis. Um exemplo: se, o que todos desejamos não suceda, ocorrer um crime contra um imigrante, é fácil pegar num discurso ou parte dele por parte de um membro do BNP e acusar este de... promoção do terrorismo e, em última análise, de responsabilidade moral pelo crime.
1 Comments:
«Isto porque ambos terão proferido, num comício, palavras susceptíveis de ofender minorias étnicas residentes no Reino Unido.»
Penso que nem sequer foi num comício, mas sim numa reunião/encontro com militantes, e só foram divulgadas porque a BBC tinha lá um infiltrado.
Já agora, a minoria em causa era a muçulmana.
NC
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